Bebés Prematuros – Medos e Ansiedades

 
Conselhos para os pais – Enf. Rita Cruz

Bebés Prematuros – Medos e Ansiedades

 

 
 
Como se Define a Prematuridade

O nascimento de um bebé é sempre um momento muito aguardado. As expetativas que se depositam para o grande dia são sempre muitas e ninguém se prepara para um nascimento antes do termo, sendo considerado prematuro um bebé que nasce com menos de 37 semanas de gestação.

Um bebé prematuro carateriza-se por: nascer antes do tempo, ter um tamanho pequeno e apresentar baixo peso. Quanto maior a prematuridade, maior a imaturidade e, deste modo, maior a probabilidade de existirem complicações associadas, por serem muito mais vulneráveis.

São bebés que revelam dificuldades em maior ou menor gau em funções básicas, tais como, regulação da temperatura corporal, respiração e alimentação. Destes três fatores principais, o que poderá definir ou ter mais implicações na probabilidade do bebé prematuro sobreviver é a idade gestacional, visto que é esta que determina o desenvolvimento dos órgãos e dos sistemas do bebé.

 

O Impacto Emocional na Família

Os desafios inerentes à prematuridade são inúmeros para os bebés, mas, igualmente, para as suas famílias. Os riscos e consequências da prematuridade são diversos, mas também, é verdade que muitos destes bebés evoluem favoravelmente e sem grandes sequelas que interfiram gravemente nas suas competências, crescimento e desenvolvimento.

São dias muito intensos, são internamentos prolongados, algumas vezes não de dias ou semanas mas de meses, progressos e retrocessos, muitas vezes com um prognóstico nem sempre previsível… “Hoje está estável”, “Está a aumentar de peso mas ainda precisa de oxigénio”, “Apresentou um episódio de dessaturação de oxigénio e teve que ser novamente ventilado”, “Teve um episódio de bradicardia e necessitou de ser estimulado”. Um passo em frente para logo a seguir dar um passo para trás. São pequenas alegrias e, de repente, uma preocupação surge porque algo acontece. E é isto todos os dias.

É ser separado dos pais logo após o parto, é ser sujeito a inúmeros procedimentos e manipulações, é ter visitas em horários específicos, é a mãe ter alta e deixar o bebé aos cuidados de uma equipa de Profissionais de Saúde diferenciada e multidisciplinar, é viver diariamente em sobressalto, com medos, receios, ansiedade, inseguranças. É ter que continuar a viver sempre na incerteza do que poderá acontecer, de como poderá ficar o bebé e de como será o futuro da família.

 

É correr de manhã para o Hospital, passar lá o dia, ir embora e regressar a casa de colo vazio, contar as horas para voltar na manhã seguinte sempre com um “nó na garganta”.  Ninguém se prepara para viver tudo isto. Tantas dúvidas, tantas incertezas e tanta dor! É ser mãe e pai antes do tempo, de um bebé frágil e intocável; é estar preso a alarmes, monitores, máquinas, fios, mas também a pequenos gestos e sorrisos que fazem acreditar que há esperança. É viver a parentalidade do lado de fora de uma incubadora! O bebé idealizado, o bebé “perfeito”, aquele que é pequenino, gordinho, robusto e saudável, não é o prematuro que conhecem.

 

Os pais dos bebés prematuros também foram pais prematuramente. Também eles precisam de muito apoio. Tudo ocorre antes da hora, alterando toda a dinâmica familiar. Nem sempre é fácil lidar com estas situações desgastantes e encontrar uma forma positiva de abraçar um desafio tão grande, com uma carga emocional tão pesada.

Por norma, o casal lida com a situação e expressa sentimentos de forma muito diferente. As angústias com que se confrontam diariamente, colocam-nos à prova. O filho imaginado não é o real, a maternidade real não corresponde à idealizada. Sonhos, projetos e planos ficam suspensos, são adiados e não se concretizam! Pais, sintam-se abraçados pelos Profissionais de Saúde com quem se vão cruzar e que vão cuidar do vosso bebé. Acreditem que farão sempre o melhor! A Neonatologia será casa durante este período e os vossos guerreiros estarão bem entregues e a lutar pela vida.

 

Cuidados Necessários

Lembrem-se que é importante para a equipa médica conhecer as vossas preocupações, por isso peçam ajuda, não se sintam sozinhos, o momento que vivem é muito stressante e é muito importante sentirem-se acompanhados e esclarecidos. A participação dos pais nos cuidados ao bebé é essencial pois ajuda no desenvolvimento das competências parentais, que contribuirão para o sucesso de todo o processo. Os pais devem participar diretamente nos cuidados de higiene, alimentação e mudança de fraldas.

As explicações e informações fornecidas pelos Profissionais de Saúde, ajudarão a compreender as decisões tomadas, bem como os aspetos técnicos envolvidos nos cuidados a prestar. Nem sempre será possível dar colo ao bebé, mas poderão tocar os bebés – é importante que eles sintam o “calor” da presença dos pais. Quando for possível dar colo, aproveitem o momento e sairão de coração cheio e bem mais aconchegado.

Aproveitem cada instante ao lado destes pequenos seres que nos mostram a cada segundo que a vida vale a pena e que somos bem mais fortes do que alguma vez imaginamos.

 

Enf. Rita Cruz – @aenfermeiradamama

 

POSTS RELACIONADOS

GUIA DE TAMANHOS

Selecione o tamanho que usava antes da gravidez. As nossas peças correspondem ao tamanho real e são concebidas para se adaptarem ao crescimento da sua barriga.

XS S M L XL
34
36
38
40
42
CINTURA ANCAS EUR TAMANHOS
60
63
34
XS
64
67
36
S
68
71
38
M
72
75
40
L
XS S M L XL
34
36
38
40
42
CINTURA ANCAS EUR TAMANHOS
60
63
34
XS
64
67
36
S
68
71
38
M
72
75
40
XL